Concordância verbal e nominal: como nunca errar no seu concurso!

Concordância verbal e nominal

Hoje vamos estudar concordância verbal e nominal, um tópico essencial de Língua Portuguesa para concurso, que deixa muitos candidatos confusos quando tentam responder questões.

Por isso resolvi escrever sobre o tema aqui no blog, dando a oportunidade para você tirar dúvidas que surjam sobre o assunto.

É bom lembrar que Língua Portuguesa é uma disciplina central em todo concurso público brasileiro. Ter o domínio dos seus assuntos é uma vantagem estratégica para qualquer candidato.

Então vamos lá, aprender tudo sobre concordância verbal e nominal!

O que é concordância?

O que é concordância?

Observe os exemplos a seguir:

Exemplo 1: Os gêmeos estão quietos.

Exemplo 2: Gêmeos quietos.

No primeiro exemplo o verbo “estar” se flexiona (modifica) na terceira pessoa do plural para concordar com o sujeito (os gêmeos).

Depois, o adjetivo “quieto” se flexiona da mesma forma para concordar com o número (plural) e gênero (masculino).

Em ambos os casos as concordâncias se correspondem, ou seja, de pessoa, número e gênero. Porém, nem sempre é assim, como você verá adiante.

Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, e pode ser verbal ou nominal.

Concordância verbal

Concordância Verbal

Na concordância verbal, o verbo se flexiona para concordar com o sujeito.

Sujeito simples

Quando o sujeito é simples, haverá concordância do verbo de acordo com o número e pessoa.

Exemplo: Roberto foi ao estádio de futebol.

Como “Roberto” está na terceira pessoa do singular (ele), o verbo deve estar conjugado na mesma pessoa.

Exemplo: Os casais se reuniram na igreja.

O sujeito “os casais” está na terceira pessoa do singular (eles), então o verbo “reunir” deve se flexionar para adequar-se (eles se reuniram).

Seria muito fácil se a regra se aplicasse a todas as situações, não é mesmo? Mas temos muitos casos particulares:

Expressões Partitivas

Quando se refere a partes de um todo, o verbo tanto pode ficar no singular quanto no plural, dependendo de que parte se refere.

Exemplo: A maioria dos participantes saiu mais cedo (concordando com “a maioria”).

Mas também é correto dizer que “A maioria dos participantes saíram mais cedo” (concordando com “os participantes”).

Essa regra vale para “metade”, “uma parte”, “a maioria”, “uma porção”, “grande parte”, etc., desde que estejam seguidas de um substantivo ou pronome no plural.

Em nosso caso: “participantes” é o substantivo determinante. O mesmo vale para coletivos.

Exemplo: Um bando de galinhas fugiu/fugiram do sítio nesta noite.

Cabe a você decidir se quer se referir à unidade do conjunto (um bando) ou a galinhas (elementos formadores do conjunto).

Quer mais casos particulares? Temos vários!

Quantidade aproximada

Quando a quantidade é aproximada (cerca de, em torno de, menos de) mais numeral e substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.

Exemplo: Em torno de mil manifestantes estiveram na praça hoje.

Mas, quando se tratar de “Mais de” seguido de verbos com reciprocidade, o verbo concorda com o plural.

Exemplo: Mais de cinquenta pessoas se machucaram na briga (um machucou o outro).

Sujeito apenas no plural

Se o sujeito só existir no plural, a concordância varia de acordo com a presença ou ausência do artigo.

Com o artigo, use no plural. Sem o artigo, mantenha no singular. Vejamos os exemplos:

Exemplo 1: Os Estados Unidos estão sofrendo com o inverno rigoroso.

Exemplo 2: Minas Gerais possui cidades históricas bonitas.

Exemplo 3: Os Mistérios do Chocolate tornaram a autora Joanne Fluke conhecida no Brasil.

Sujeito pronome

Nos casos onde o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido no plural (como “Quem”, “Quais”, “Quantos”), acompanhado por “de nós” ou “de vós”, o verbo pode concordar:

  • Com o primeiro pronome, utilizando a terceira pessoa do plural (eles): “Quais de nós vão à excursão?”
  • Com o pronome pessoal: “Quais de nós vamos à excursão?”.
  • Se o pronome estiver no singular, utilize o verbo no singular: “Qual de nós vai à excursão?”

Porcentagem mais substantivo

Quando o sujeito apresentar uma porcentagem mais um substantivo, deve-se concordar o verbo com o substantivo.

Exemplo: 1% do time concorda com a regra. 1% dos estudantes chegaram atrasados.

Se não houver substantivo após a porcentagem, concordamos verbo e número.

Exemplo: 1% faltou. 25% estão aqui.

Pronome “que”

Quando o sujeito é o pronome relativo “que”, fazemos a concordância de número e pessoa com o antecedente do pronome.

Exemplo 1: Fui eu que abri a janela.

Exemplo 2: Foram eles que abasteceram o carro.

Exemplo 3: As pessoas que trouxeram comida foram à cozinha.

Sujeito “um dos que”

No caso de o sujeito ser “um dos que”, a concordância é facultativa. Entretanto, é de bom uso da Gramática utilizar o plural, concordando com a palavra que antecede o “que”.

Exemplo: Adriana foi uma das alunas que tiraram nota baixa.

Para entender melhor o sentido, inverta a posição dos termos: “Das alunas que tiraram nota baixa, Adriana foi uma delas”.

Mas, como dito acima, não é errado dizer: “Adriana foi uma das alunas que tirou nota baixa”.

Pronome “quem”

Se o pronome relativo “quem” for o sujeito, a concordância do verbo pode ser com o antecedente do pronome ou com a terceira pessoa do singular (ele).

Exemplo 1: Fui eu quem deu banho no cachorro.

Exemplo 2: Fui eu quem dei banho no cachorro.

Pronome de tratamento

Nos casos onde o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo sempre ficará na terceira pessoa, mas pode ser do singular ou do plural.

Exemplo 1: Vossa Senhoria chegou.

Exemplo 2: Vossas Senhorias chegaram.

Sujeito ligado a horas

No caso do sujeito ser “bater”, “dar” e “soar” (horas), a concordância acontece com o numeral constituinte da oração.

Exemplo 1: Deu uma hora, vamos voltar.

Exemplo 2: Bateram três horas no relógio da escola.

Contudo, se o sujeito for relógio (ou algo semelhante), o verbo deve concordar com ele.

Exemplo: O relógio de Marcos deu vinte horas.

Verbos impessoais

Nos verbos impessoais, sempre utilize concordância com a terceira pessoa do singular. São eles:

  • Haver (como substituto de existir).
  • Fazer (indicação de tempo).
  • Fenômenos da natureza.

Exemplo 1: duas pessoas na lista de espera.

Exemplo 2: Faz cinco anos que moramos aqui.

Exemplo 2: Choveu grandes quantidades de granizo ontem.

Sujeito composto

Quando o sujeito é composto, ou seja, constituído por um ou mais termos, a concordância com o verbo tem as seguintes peculiaridades.

Sujeito antes do verbo

Se o sujeito estiver antes do verbo: concordância no plural.

Exemplo: Carlos e Sandra são casados.

Sujeito após o verbo

Se o sujeito vir depois do verbo, a concordância também pode acontecer com o sujeito mais próximo.

Exemplo 1: Faltou Caroline e Matheus apenas.

Exemplo 2: Faltaram Caroline e Matheus apenas.

Pessoas gramaticais diferentes

Caso o sujeito seja formado por pessoas gramaticais diferentes, tenha em mente que “nós” prevalece sobre “vós”, que prevalece sobre “eles”.

Exemplo 1: Tu, Nair e eu iremos ao cinema no sábado (nós).

Exemplo 2: Tu e teus primos acampareis conosco? (vós).

Exemplo 3: Tu e teus primos acamparão conosco?

Exemplo 4: Professores e alunos não sentarão juntos no auditório (eles).

Reciprocidade

No caso de reciprocidade, a concordância sempre é feita no plural.

Exemplo: Os casais se conheceram no curso.

Agora vamos conhecer alguns casos particulares para o sujeito composto.

Palavras sinônimas

Quando as palavras são sinônimas ou semelhantes, o verbo tanto pode ficar no plural quanto no singular.

Exemplo 1: Tristeza e desolação marcaram o enterro dos jovens mortos no acidente.

Exemplo 2: Tristeza e desolação marcou o enterro dos jovens mortos no acidente.

Núcleo de gradação

Em sujeitos compostos com núcleo de gradação, coloque o verbo no plural ou em concordância com o último núcleo do sujeito.

Exemplo 1: Cada hora, cada minuto, cada segundo faz diferença para mim.

Exemplo 2: Cada hora, cada minuto, cada segundo fazem diferença para mim.

Ligação com “ou” e “nem”

Quando a ligação entre os sujeitos for feita por “ou” ou “nem”, a concordância verbal é feita no plural, se puder ser atribuída a todos os núcleos do sujeito.

Exemplo 1: Clarissa ou Bibiana devem ser escolhidas.

Exemplo 2: Nem Rosa nem Vanessa são inteligentes.

Mas, se a declaração for apenas para um dos termos do sujeito, ou seja, um núcleo exclui o outro, deve-se manter o verbo no singular.

Exemplo 1: Clarissa ou Bibiana deve ser a escolhida.

Exemplo 2: Rosa ou Vanessa será escolhida para a última vaga.

“Um ou outro”

Em “um ou outro” ou “nem um nem outro”, a concordância adequada é o singular, mas o plural também é aceito.

Exemplo 1: Um ou outro jogador compareceu. Nem um nem outro foi escolhido.

Exemplo 2: Um ou outro jogador compareceram. Nem um nem outro foram escolhidos.

Termos unidos por “com o”

Se os termos forem unidos por “com o”, o verbo pode ficar no plural. Isto porque a expressão fica semelhante à conjunção aditiva “e”.

Exemplo: Viviane com a nora foram às compras.

Entretanto, não é incorreto se o verbo concordar com o último termo, enfatizando o primeiro elemento da oração.

Exemplo: Viviane com a nora foi às compras.

Porém, caso você opte pelo singular, o sujeito se torna simples e último elemento fica como adjunto adverbial de companhia: “Viviane foi às compras com a nora”.

Núcleos ligados

Se os núcleos do sujeito tiverem ligados a expressões correlatas, como: “mas também”, “não somente”, “tanto quanto”, “mas ainda”, etc., a concordância do verbo o deixa no plural.

Exemplo 1: Não só a mãe, mas também a filha foram atingidas pelo carro.

Exemplo 2: Tanto Carina quanto Rosana são preguiçosas.

Aposto recapitulativo

Se os elementos forem resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é pelo termo resumidor.

Exemplo 1: Filmes, livros, séries, tudo isto a atraía.

Exemplo 2: Chocolate, jujubas, pipoca, nada apetecia Orlando.

Concordância com palavra mais “se”

É preciso analisar a situação, quando o termo “se” for:

  • Índice de indeterminação do sujeito.
  • Partícula apassivadora.

No primeiro caso, o “se” acompanha verbos intransitivos, transitivos indiretos ou verbos de ligação. Assim, são conjugados na terceira pessoa do singular.

Exemplo 1: Precisa-se de moças para dividir quarto.

Exemplo 2: Foi-se minha alegria.

Quando o “se” é pronome apassivador, ele acompanha verbos transitivos diretos e também diretos e indiretos, formando voz passiva sintética.

Assim, o verbo concorda com o sujeito da oração (singular ou plural).

Exemplo 1: Alugam-se apartamentos por dia (Apartamentos são alugados por dia).

Exemplo 2: Constrói-se casa rapidamente (Casa é construída rapidamente).

O caso do verbo “ser”

Você aprendeu que na concordância verbal, o verbo concorda com o sujeito, certo? Acontece que com o verbo “ser” a condição muda um pouquinho.

Ou seja, ele também pode concordar com o predicativo do sujeito. Como saber? Depende do caso.

  • Se o sujeito for representado por isso, isto, aquilo, tudo, mais predicativo no plural: “Tudo são momentos para recordar”. “Isto são as sobras do nosso piquenique”.
  • Sujeito no singular, referindo-se a coisas, e o predicativo no plural: “Nosso almoço foram sanduíches. “Seu dia a dia eram tristezas seguidas”.
  • Se o sujeito for pessoa, o verbo concorda com ele: “André era só músculos”. “Eduarda é minhas alegrias”.
  • Sujeito for pronome interrogativo “que” ou “quem”: plural, se assim permitir. “Quem são aquelas pessoas?”. “Que são esses papéis sobre a mesa?”.
  • Indicação de horas, dias ou distâncias: concordância do verbo com o numeral. “São quatorze horas”. “São quinhentos quilômetros”.
  • Se o sujeito indicar pesos, quantidades ou medidas, além de expressões como pouco, muito, mais de, menos de: verbo fica no singular. “Treze quilos é mais do que suficiente”.
  • Quando um dos elementos da oração (sujeito ou predicativo do sujeito) for um pronome pessoal do caso reto, o pronome concorda com o verbo. “Eu sou a única mulher na minha casa”. “Nós somos adultos e vocês são crianças”.
  • Se o sujeito for expressão de sentido partitivo ou coletivo, concorde-o com o predicativo se este se apresentar no plural: “O resto eram alimentos estragados”. “A maioria dos grevistas eram professores.

Concordância com o verbo “parecer”

Combinado com verbo no infinitivo, o “parecer” pode ou não flexionar. Veja os casos abaixo:

  1. Flexão do verbo parecer, sem flexão do verbo no infinitivo: “As crianças pareciam crescer“.
  2. Verbo parecer não flexiona, com flexão do verbo no infinitivo: “As crianças parecia crescerem“.

A opção “1” é considerada a corrente, enquanto a alternativa “2” acontece em fins literários, geralmente.

Na expressão haja vista

Também há duas concordâncias para a expressão “haja vista”, como você notará abaixo:

  1. Invariável: “Haja vista as tarefas que o professor passou” (substituindo por exemplo). Ou “Haja vista à explicação do professor” (substituição de Atente-se).
  2. Variável: flexionando-se o verbo haver, desde que não seja seguido de preposição. “Hajam vista as tarefas que o professor passou” (No lugar de Vejam).

Concordância nominal

Concordância Nominal

Diferente da concordância verbal, a concordância nominal tem relação entre um substantivo, pronome ou numeral substantivo e palavras que se ligam para caracterizá-lo, como artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios.

A concordância é nominal porque se ocupa da relação entre nomes.

Normalmente a concordância nominal possui um substantivo como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo funciona como adjunto adnominal. As regras para concordância nominal são as seguintes.

Substantivo único

Quando há apenas um substantivo, o adjetivo concorda com ele em gênero e número: “As lágrimas derramadas marcavam sua tristeza”.

Mais de um termo no substantivo

Quando há mais de um termo no substantivo, a concordância pode variar. A flexão pode acontecer da seguinte forma:

Se o adjetivo vier anteposto aos substantivos, ele concorda com o termo mais próximo.

Exemplo 1: Levamos pesadas malas e casacos para o carro.

Exemplo 2: Levamos pesados casacos e malas para o carro.

Exemplo 3: Levamos pesada mala e casacos para o carro.

Exemplo 4: Levamos pesado casaco e malas para o carro.

No caso acima, mas quando os sujeitos são nomes próprios ou sinais de parentesco, o adjetivo sempre vai para o plural.

Exemplo 1: São muito divertidas as sobrinhas Beatriz e Eduarda.

Exemplo 2: São aplicados os alunos Cláudio e Daniela.

Se o adjetivo for posposto aos substantivos, a concordância será com o mais próximo ou com todos eles, assumindo o masculino caso houver ambos os gêneros nos termos.

Exemplo 1: Encontramos cadernos, lápis e canetas espalhados no chão.

Exemplo 2: O restaurante possui atendimento e comida saborosa.

No caso acima, mas com gêneros iguais para ambos os substantivos, o adjetivo tanto pode ficar no singular como no plural.

Exemplo 1: Ela possui sensualidade e beleza inata.

Exemplo 2: Ela possui sensibilidade e beleza inatas.

Verbo “ser” mais adjetivo

Verbo “ser” mais adjetivo: são vários casos de concordância nominal, que serão explicados e exemplificados abaixo:

Caso o substantivo não esteja acompanhado de agente modificador, o adjetivo fica sempre no masculino e singular.

Exemplo 1: Educação é bom para todos.

Exemplo 2: Água é bom para beber.

Caso o agente modificador acompanhe o substantivo (artigo ou pronome), a concordância é com o substantivo.

Exemplo 1: A educação é boa para todos.

Exemplo 2: Esta água é boa para beber.

Pronomes pessoais

Há concordância de gênero e número com o adjetivo de acordo com os pronomes pessoais referidos na oração.

Exemplo 1: Eu nunca a vi tão feliz.

Exemplo 2: Eu nunca os vi tão felizes.

Pronomes indefinidos

Nos casos de pronomes indefinidos neutros acompanhados por “de” e um adjetivo, a concordância deixa o adjetivo no masculino e singular.

Exemplo 1: Os primos tinham algo de suspeito em suas atitudes.

Exemplo 2: As vizinhas tinham algo de suspeito em suas atitudes.

Palavra “só”

A palavra só, quando quer dizer sozinho, tem função adjetiva. Portanto, concorda com o nome a que se refere.

Exemplo 1: Cláudia e Cleusa estavam sós.

Exemplo 2: Everton saiu .

É diferente quando quer dizer somente ou apenas, não variando porque se torna um adjunto adverbial: “Eles só querem paz e amor”.

Substantivo mais adjetivo

Se tivermos um substantivo e mais de um adjetivo no singular, você pode concordar desses modos:

  1. Com o substantivo no singular e um artigo antes do último adjetivo: “Aprecio a literatura inglesa e a americana“.
  2. Com o substantivo no plural, omitindo o artigo do último adjetivo: “Aprecio as literaturas inglesa e americana.

É claro que também temos casos particulares de concordância nominal. Está preparado para conhecê-las? Vamos lá!

“É proibido” e outros…

É proibido, É permitido, É bom, É preciso, É necessário (verbo mais adjetivo):

  • Fica invariável caso o substantivo não venha acompanhado de artigo: É preciso cuidado. É proibido crianças. É permitido saída em caso de emergência.
  • Se forem acompanhados de artigos, pronomes ou adjetivos, o verbo e o adjetivo irão concordar com este termo: É preciso o cuidado. É proibida a entrada de crianças.

Palavras “anexo”, “próprio”, “mesmo”…

Anexo, Próprio, Mesmo, Obrigado, Quite, Incluso: sempre concordam em gênero e número com o pronome ou substantivo que acompanharem.

Exemplos: Seguem anexos os documentos. Elas próprias irão fazer a comida. Eles mesmos se limparam. Marta foi obrigada a se desculpar. José e Rafael foram obrigados a pedir desculpas. Nós estamos quites. O papel foi incluso na pasta.

Palavras “Bastante”, “Caro”, “Barato”, “Longe”

Quando colocados como advérbios, são invariáveis. Quando funcionam como adjetivos, pronomes, numerais ou adjetivos, variam de acordo com o nome referido.

Exemplos:Trouxemos bastantes frutas. Os filhos de Eliete choram bastante. Os melões estão caros. Os melões custam caro. Os pêssegos estão baratos. Os pêssegos tem preço barato. Gosto de viajar para Goiânia, mas é muito longe de minha cidade. Adoro os longes mares de Ubatuba.

“Meio” e “Meia”

No lugar de adjetivo, variam. Mas são invariáveis quando funcionam como advérbios modificadores do adjetivo.

Exemplos: Tânia disse meias verdades. Estou ficando meio doida. O rapaz está meio nervoso. Meios copos de cerveja foram vendidos.

“Alerta” e “Menos”

Aão palavras que sempre vão funcionar como advérbios. Neste caso, não podemos flexioná-los.

Exemplo 1: Os motoristas devem dirigir sempre alerta.

Exemplo 2: Temos menos preocupações hoje do que ontem.

Como você pôde perceber, são muitas as regras de concordância verbal e nominal. Existem outros casos de particularidades, mas citei os mais importantes aqui.

Resolver muitos exercícios e ser um bom leitor são recomendações para ficar fera nesse assunto.

O que aprendemos neste artigo

Hoje nos dedicamos a entender tudo sobre concordância verbal e nominal, e cada um dos conceitos em torno desses assuntos.

Vimos exemplos práticos para evitar erro nas questões de concurso, com especial cuidado às exceções e particularidades de cada regra.

Tenho um convite para você!

Agora quero que você deixe um comentário dizendo o que achou desse artigo. Pra mim é essencial contar com a sua participação.

Faço questão de ler cada comentário, e respondo na primeira oportunidade que surge. Dúvidas, críticas e sugestões são muito bem-vindas.

Até a próxima!

😉

1 comentário


  1. Tem um erro aqui:

    “Exemplo: Os casais se reuniram na igreja.

    O sujeito “os casais” está na terceira pessoa do singular (eles), então o verbo “reunir” deve se flexionar para adequar-se (eles se reuniram).”

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